top of page

Sou cringe, graças a Deus!



O termo “cringe” ficou popular na internet como uma forma de diferenciar as gerações “Y” (“millennials”) e “Z” (“zennials”), que passaram a achar desatualizadas e “vergonha alheia” tendências que os “millennials” achavam que eram descoladas, mas que hoje em dia são cringe. No blog do mês passado vimos que algumas atitudes dos radiologistas são realmente ultrapassadas e constrangedoras! Mas, quem disse que os “zennials” estão certos em tudo? Não teriam coisas que eles julgam como cringe, mas que na verdade são muito “cool”? Como tudo tem dois lados, vamos nesse post ver o que é considerado “cringe” na radiologia musculoesquelética de um modo bom – coisas do passado que devemos manter e nos orgulhar:


1-Café

O café é o melhor amigo do radiologista, é aquele abraço quentinho em forma de xícara (ou caneca decorada, por que não?) que dá aquela disposição e aquece as salas frias e sem janelas onde trabalhamos na maioria dos casos. Os “zennials” não querem saber de café? Bom que sobra mais, rsrs!




2-Valorizar os professores e gostar de Harry Potter

A saga Harry Potter trouxe de volta as histórias ambientadas na escola à moda antiga e que mostram a importância de termos mestres inspiradores. Valorizar a experiência, os livros e os professores nunca deve sair de moda! O conhecimento não se sustenta só com vídeos no YouTube e resumos!



3-Prezar pela boa escrita

Nos diálogos quase que todos por mensagens, começar frases com letra maiúscula e usar emojis óbvios é gringe. Mas, laudo é um documento e deve ter boa escrita e ser de fácil entendimento! Sucinto não é sinônimo de tosco e usar expressões que só você e seu grupinho vão entender pode dar confusão!



4-Não abusar de termos em inglês

O próprio termo cringe não é usado corretamente... Cringe, em inglês, é um verbo, não um adjetivo. Dizer que alguém é cringe não faz sentido em inglês, o correto seria “cringeworth”, como “digno de desgosto”. Muitos abusam de termos em inglês nos laudos mas, muitas vezes, em vez de passar cultura, só revela ignorância...



5-Comparar o que se consegue comparar


As gerações hoje em dia são definidas pela relação com a internet. Como a geração “Z” já nasceu imersa no mundo digital, muitas vezes não consegue lidar com o analógico. Mas, nem sempre temos as imagens de exames anteriores digitalizadas. E isso não deve impedir uma comparação possível. Quem cresceu lendo Hercule Poirot e Sherlock Holmes sabe que o radiologista é um detetive e qualquer pista pode ser útil, mesmo que em filme!



6-Os boletos chegam!

Não importa o que fazemos, um dia a conta chega! Saber disso ajuda a pensar nas consequências dos nossos atos. Um dia você tem alguém que resolve tudo por você, mas quando menos se espera, é você que tem que resolver tudo e pagar as contas.






7-Contato pessoal e empatia


Quem vive imerso no mundo digital muitas vezes acaba só tendo contato por mensagens. E o radiologista já não é das especialidades mais sociáveis... O resultado pode ser um trabalho frio e distante e com maior risco de ser substituído. Com a chegada da inteligência artificial, o contato humano e a empatia serão de extremo valor para quem quiser se manter no mercado de forma diferenciada.


Diferenças entre as gerações sempre vão existir, mas sempre é melhor levar a vida de maneira mais leve e com bom humor. Porque não importa se é antigo ou moderno, o importante é nos mantermos fiéis aos nossos valores e ao que é certo, pois isso nunca sai de moda ;)


Cada geração se imagina mais inteligente do que a anterior

e mais esperta do que a que virá depois dela.”

George Orwell (1903-1950), escritor e ensaísta político inglês que escreveu sobre a importância de uma linguagem precisa e clara.


Comments


bottom of page